quinta-feira, 21 de março de 2013

Rótulos maliciosos






Você sabe ler um rótulo de produto alimentar?
A maioria dos brasileiros não sabe, então aí vão algumas dicas.

Na lista de ingredientes de qualquer produto, da farmácia ao supermercado vale a norma de que o primeiro ingrediente é o mais presente, aquele que tem a maior proporção em peso. Esta lista segue esta ordem até o último, aquele que menos está presente. Desta forma pode-se descobrir que alguns alimentos não são aquilo que pensávamos. Sucos, Iogurtes ou mesmo leite, que estão dentro da sua geladeira agora mesmo e podem simplesmente não ser.
Industrias maliciosas usam embalagens parecidas com outras existentes e levam o consumidor ao erro. Muitos leites em caixinha são "bebidas lácteas", ou seja, que contém leite. Mas não são leite. Há um famoso suco de laranja com o nome de "caseiro" que contém apenas 10% de laranja. Está escrito "bebida a base de extratos .." . A lista de ingredientes mostra em ordem " Água, Açúcar, Acido cítrico, (...), Laranja (eventualmente) , Conservador, Corante etc. Se você prestar atenção, vai ver que não estava escrito que era suco de laranja em nenhum lugar do rótulo. Parece embalagem de suco, fica ao lado dos sucos no mercado, mas nem laranjada é.
Outra malícia adotada comumente, se situa na tabela nutricional. Quando algum ingrediente comprovadamente maligno ( Como a gordura vegetal hidrogenada, gorduras trans, sódio, etc. ) estão presente na fórmula, adota-se uma saída matemática para "zerar" o problema. Se algum produto contém por exemplo 10% de gordura trans (que seria uma quantidade muito grande) pode-se reduzir bastante a dose recomendada para um valor abaixo de 5g. (Ex. dose recomendada: 1 biscoito = 5g ) Com isto o total de gorduras trans passaria a ser menor do que 0,5g (10% de 5g = 0,5g ) e seria arredondado para baixo. Para zero! Faria parecer um alimento saudável, quando na realidade é terrível.
No universo dos suplementos alimentares ocorrem estas ilusões matemáticas. 100% disto , zero daquilo, etc. Deve-se procurar entender percentagens de que está se falando. Existem suplementos a base de proteínas se dizendo "100% proteína whey" dando uma idéia de que o pote contém 100% deste ingrediente. Contudo, o que quer dizer na verdade, é que a totalidade da proteína ali contida é oriunda de whey ( soro do leite ). Se examinarmos a tabela nutricional, veremos que numa dose de 30g, apenas 21 são proteína, ou seja apenas 70% do pote é proteína. O nome correto deveria ser "70% Protein". Este engano passa despercebido pela grande maioria dos consumidores.
É importante ficar atento ao verso do produto. Observar a lista de ingredientes e a tabela nutricional. Se necessário, fazer algumas contas. Se o cliente não se deixar enganar, encerram-se os enganadores!

Importância do Zinco no Esporte


Atletas e praticantes de atividade física estão submetidos à demandas energéticas especiais, o que exige uma maior quantidade de carboidratos, lipídeos e gorduras na dieta. Devido a esse processo metabólico aumentado, ocorrem diversas adaptações fisiológicas resultante do exercício, sendo necessários ajustes cardiovasculares e respiratórios para compensar e manter o esforço realizado. Os micronutrientes, como as vitaminas e minerais, também têm suas necessidades aumentadas, devido às alterações nas taxas de degradação e ao aumento das perdas corpóreas. O consumo inadequado de micronutrientes, a ingestão de energia abaixo do recomendado e o descanso inadequado podem, juntos, comprometer o sistema imunológico e aumentar o risco de dores musculares, lesões, infecções e queda no desempenho.
Todos sabem que o exercício físico traz muitos benefícios e que é realizado por muitas pessoas como uma forma de se obter uma melhor qualidade de vida, ou em muitos casos, profissionalmente. Porém os efeitos benéficos que o exercício físico traz podem ser opostos caso uma associação adequada entre treino, descanso e alimentação não sejam seguidos, podendo trazer efeitos negativos. Com o exercício físico, o metabolismo aeróbio é aumentado, elevando assim a produção de radicais livres, e deixando as defesas naturais do organismo mais susceptíveis à doenças, o que representa um maior risco à saúde.
Para combater os radicais livres é essencial o consumo de antioxidantes na dieta, que tem como função bloquear o efeito danoso dos radicais. Um importante micronutriente que atua contra os radicais livres (antioxidante) é o zinco, um mineral presente em mais de 200 enzimas diferentes, demonstrando assim a sua importância para o bom funcionamento do metabolismo, dos processos fisiológicos, do crescimento e do desenvolvimento.
O consumo maior de energia que é necessário para a prática de atividade física não é garantia do consumo adequado de zinco e o seu papel como antioxidante pode ser prejudicado pela baixa ingestão desse nutriente na dieta, com isso a saúde e a performance do atleta podem sofrer alterações.
Nos alimentos, o zinco está presente em maiores quantidades nas ostras (a maior fonte deste nutriente), seguido das carnes vermelhas. Outros alimentos, como os ovos, a carne de frango, o leite e derivados, as frutas oleaginosas, e os cereais integrais são, também, ótimas fontes. Para recomendação de zinco é utilizada a mesma para a população em geral: 8mg/dia para mulheres e 11mg/dia para homens. As fontes e as quantidades de zinco cada 100 gramas de alimento estão descritas a seguir: O consumo de alimentos e/ou suplementos fontes de zinco é fundamental na dieta do atleta e do praticante de atividade física, por ser um nutriente essencial para a manutenção da saúde e fundamental para um bom desempenho de uma atividade física.
Equipe SNC


segunda-feira, 18 de março de 2013

Quando você precisa tomar suplementos


Apesar de a alimentação ser a melhor fonte de nutrientes, em algumas situações ela não dá conta de suprir deficiências


Por Bianca Iaconelli

Tomar polivitamínicos parece uma ótima saída para suprir as deficiências que sua alimentação não dá conta. Mas há alguns meses, um estudo de larga escala conduzido pelo Fred Hutchinson Cancer Research Center, em Seattle, Estados Unidos, colocou em dúvida a eficácia: Mulheres que tomam polivitamínicos não reduzem as chances de ter câncer ou doenças do coração e não vivem mais que aquelas que não tomam, dizem os pesquisadores. Alimentos, e não comprimidos, é de onde devem vir os nutrientes. Será que você e milhões de mulheres estão jogando dinheiro fora em algo que nem precisam?

“Talvez, se sua dieta é perfeita em todos os sentidos,” diz a nutricionista autora de “The Essential Guide to Vitamins and Minerals” (o guia essencial para vitaminas e minerais), Elizabeth Somer. Mas a verdade é que nenhuma de nós vive em um mundo perfeito e nossos hábitos alimentares refletem isso. Como resultado de fazer dietas, comer poucas frutas e vegetais (como 89% das mulheres fazem) e ser muito ocupada para comer direito em todas as refeições, a maioria não atinge as necessidades diárias de nutrientes importantes, como cálcio, magnésio, ácido fólico e vitamina E, de acordo com o Departamento de Agricultura norte-americano. Com o tempo, estas deficiências farão estrago no seu bem-estar.

“Por isso recomendo que todas as mulheres tomem um polivitamínico básico,” aconselha Somer. “Não é caro e garante que você supra qualquer vazio nutricional.” Mesmo assim, ela continua, apenas isso pode não ser suficiente. Alguns hábitos de vida saudáveis, como usar protetor solar ou correr uma maratona, podem aumentar sua necessidade de tipos de vitaminas e sais minerais. Saiba quais cenários pedem um complemento na dieta para diminuir os riscos de doenças, melhorar a energia ou até queimar alguns quilinhos.

1.Você está tentando emagrecer – precisa de cálcio
Pulou a sobremesa e foi para a academia por meses e ainda não conseguiu perder aqueles últimos dois quilos? São grandes as chances de você fazer parte dos 75% de mulheres que consomem menos do que as recomendadas mil miligramas de cálcio por dia. Um novo estudo inglês do British Journal of Nutrition sugere que não ingerir o suficiente deste mineral pode tornar mais difícil perder peso: Quando os pesquisadores observaram mulheres acima do peso e com deficiência de cálcio durante uma dieta de baixas calorias, descobriram que aquelas que tomaram 1.200 mg de suplemento de cálcio diariamento conseguiram perder 5 kg a mais em quatro meses do que aquelas que continuaram ingerindo menos de 800 mg por dia. Os especialistas dizem que o cálcio pode regular a secreção de leptina, um hormônio que controla o apetite.

Dose diária Ao menos 1.200 mg por dia em três doses de 500 mg ou menos. O corpo pode absorver apenas esta quantidade por vez, explica Somer; a maioria dos polivitamínicos contêm entre 100 mg e 450 mg. Evite tomá-los com cafeína e farelo de trigo, que bloqueiam a absorção do cálcio.

2.Você toma pílula – precisa de vitamina B6
Sente-se cansada e lenta o tempo todo? Seu método anticoncepcional pode ser o culpado. Em um estudo da Tufts University, 75% das mulheres que tomavam contraceptivo oral e não ingeriam polivitamínicos tinham níveis baixos de vitamina B6, uma ótima fonte de energia. “Pode ser porque a vitamina é usada para metabolizar o estrogênio, o componente principal de várias pílulas,” explica a líder da pesquisa, Martha Morris. Vitamina B6 ajuda a converter alimento em energia e manter os nervos funcionando, por isso usá-lo para outra coisa pode levar à fadiga, irritabilidade e até depressão.

Dose diária 2 mg, que você pode conseguir na maioria dos polivitamínicos. “Tome cuidado com a superdosagem, porque ingerir regularmente 100 mg ou mais da vitamina pode danificar o sistema nervoso,” alerta Morris.
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3.Você é vegetariana – precisa de vitamina B12 e ferro
Cerca de 26% dos vegetarianos e 52% dos vegans (pessoas que evitam laticínios e ovos, além da carne) têm deficiência de vitamina B12, de acordo com um recente estudo do Saarland University Hospital, na Alemanha. Isso porque produtos de origem animal são as únicas fontes naturais do nutriente que ajuda a manter o sistema nervoso saudável e as células vermelhas em ordem. “Relaxe com a B12 regularmente e você se colocará em risco de danificar o sistema nervoso, ter problemas de memória e doenças do coração,” diz Somer.
Vegetarianos também podem arriscar a saúde se não prestarem atenção no consumo de ferro. O ferro da carne é absorvido com mais eficiência que o tipo encontrado nas plantas, como feijão e tofu; o resultado é vegetarianos precisarem de 33 mg do mineral, enquanto quem come carne apenas de 18 mg, de acordo com o Institute of Medicine, nos Estados Unidos. Porque ferro ajuda o oxigênio a correr pelo corpo, não ingeri-lo em quantidade suficiente pode causar fadiga e anemia. Consulte seu médico antes de tomar suplementos de ferro, pois ele vai dizer se você realmente precisa. Excesso de ferro pode trazer danos para órgãos como fígado e coração.

Dose diária 2,4 mcg de vitamina B12 e 33 mg de ferro. A maioria dos polivitamínicos possuem 6 mcg de B12 e 18 mg de ferro. Evite tomar o comprimido com café ou chá, que bloqueiam a absorção de ferro.

4.Você passa bastante filtro solar – precisa de vitamina D
Bom pra você – aplicar filtro solar o ano inteiro diminui drasticamente as chances de desenvolver câncer de pele. Mas a exposição solar sem proteção é a maior fonte de vitamina D (cerca de 15 minutos atinge a cota diária), um nutriente do qual 75% dos adultos têm deficiência. “Filtro solar bloqueia até 99% da produção de vitamina D através da pele,” diz Adit Ginde, professora assistente de cirurgia da University of Colorado Denver School of Medicine, nos Estados Unidos. Nutriente crucial para o corpo, a vitamina D protege contra uma longa lista de doenças, incluindo câncer de mama e cólon, osteoporose, pressão arterial alta e diabetes.
Dose diária 1.000 unidades internacionais (UI) de vitamina D3, que é mais potente que a D2. A maioria dos polivitamínicos possuem 400 UI.

5.Você está treinando para uma corrida – precisa de cálcio e vitamina D
Correr fortalece os ossos, mas correr mais do que você está acostumada pode ter o efeito oposto. “Se você aumenta as atividades rapidamente, seus ossos podem não ter o suporte ou a força para resistir à pressão repetitiva, o que a coloca em risco maior de fraturas por estresse,” diz Diane Cullen, professora de ciências biomédicas da Creighton University, nos Estados Unidos.
Mas aumentar o consumo de cálcio e vitamina D (que melhora a absorção de cálcio) pode oferecer proteção: Cullen observou as recrutas da marinha que tomavam suplemento de 2.000 mg de cálcio e 800 UI de vitamina D diariamente durante um treinamento de oito semanas. Elas ficaram 20% menos propensas a sofrer fraturas que aquelas que não tomavam. “Dobrar a dose diária de cálcio ajuda a reparar os ossos que podem ficar frágeis com o treino,” analisa Cullen.
Dose diária Tente ingerir 2.000 mg de cálcio e 800 UI de vitamina D antes de correr.

6. Você está grávida – precisa de ácidos graxos ômega 3
A maioria das futuras mamães sabem que devem ingerir bastante ácido fólico e cálcio. Agora há outro nutriente para adicionar ao arsenal: ômega 3. “Esta gordura saudável – especialmente o DHA, um dos tipos, encontrado no peixe – ajuda no desenvolvimento dos neurônios e receptores de visão do bebê,” diz Somer. De fato, um estudo do Journal of Pediatrics comprovou que as mães que consomem mais DHA durante a gravidez têm filhos que se saem melhor em testes motores e de visão.
Infelizmente, as mulheres costumam ingerir cerca de 84 mg de ômega 3 por dia – menos de um terço da quantidade recomendada na gravidez. Muitas grávidas banem os frutos do mar porque não aguentam o cheiro e o gosto ou ficam apreensivas pelo mercúrio contido. Se este é seu caso, um suplemento é a melhor aposta. 
Dose diária 300 mg de DHA. Se você não tolera suplementos de óleo de peixe, tente algum feito com ingredientes vindos de algas.

Antes de tomar qualquer suplemento alimentar, consulte seu médico. Só ele pode receitar as doses exatas e saber se os suplementos interferem em alguma medicação que você toma.

Fonte: Revista Shape.