quinta-feira, 28 de abril de 2011

Atleta Master de Rondonópolis estará na Maratona Internacional de São Paulo

No dia 19 de junho próximo, o nosso atleta Master (56 anos), conhecido carinhosamente com Pixuri, estará representando Rondonópolis na Maratona Internacional de São Paulo.
Esta será a primeira corrida do atleta após recuperar-se de um acidente, que o afastou das corridas de rua, desde o ano passado.
Desejamos sucesso na sua volta às competições.

No dia 11/06/2011 ele estará fazendo uma corrida de preparação entre o Jardim Atlântico e São José do Povo.

Contatos com o atleta através do e-mail: pixuri2@hotmail.com


sábado, 9 de abril de 2011

Creatina - estudo científico!!!



Uma substância orgânica encontrada na carne vermelha denominada “creatina” (ácido
acético α-metil guanidina) foi descoberta pelo cientista francês Michel Eugene Chevreul
em 1832. Após quinze anos (1847), Justus Von Liebg observou que animais selvagens
(raposas) apresentavam aproximadamente dez vezes mais conteúdo de creatina em sua
musculatura quando comparadas a animais domesticados, sugerindo que esta substância
poderia contribuir de alguma forma para a maior capacidade física dos animais
selvagens.
Em dietas balanceadas, utilizadas por indivíduos ativos fisicamente (1-2g de proteína
por kilo de peso corporal), podem ser obtidas aproximadamente 50% das necessidades
de creatina. O restante é endógenamente sintetizado pelos rins, fígado e pâncreas,
através dos aminoácidos glicina, arginina e metionina.
Mais de 90% da creatina em humanos é encontrada na musculatura esquelética, e o
restante se distribui na musculatura lisa (coração), nas células sanguíneas (série branca e
vermelha), nos testículos (espermatozóides), e na retina.
A creatina encontra-se na musculatura esquelética principalmente (65%) sob a forma de
creatina fosfato (CP), e o restante (35%) na forma de creatina livre, e juntas constituem
a geração de energia do Sistema P-Cr. Este sistema pode gerar grandes quantidades de
energia em um curto espaço de tempo (muito potente), porém, a duração desta energia é
muito curta. Assim, a energia necessária para suprir exercícios máximos com duração
até 10 segundos, provém em mais de 94% deste sistema. Em exercícios com duração
aproximada de um minuto, essa contribuição cai para 50%.
Diversos estudos documentaram que a utilização da creatina como recurso ergogênico
aumenta a força muscular e a capacidade de exercício, e deve ser associada aos esforços
curtos e de alta intensidade (como por exemplo, provas de velocidade no atletismo e
natação, e musculação).
A partir do início dos estudos científicos avaliando a contribuição da creatina no
aumento do desempenho esportivo surgiram alguns mitos em relação a sua
utilização.
Para orientação e esclarecimentos sobre o tema, a Sociedade Internacional de Nutrição
Esportiva lançou um posicionamento em agosto de 2007 sobre a suplementação de
Creatina.
Nesta publicação, os autores documentaram efeitos positivos da utilização deste
suplemento.
“A creatina monohidratada é o suplemento mais estudado, e clinicamente mais significativo para aumentar o volume muscular e a capacidade de exercício em esforços de altas intensidades” “sua suplementação aguda ou crônica não é apenas segura e sem detrimentos à saúde, mas também contribui para tratamento de algumas doenças”
“seu uso é permitido pelos comitês internacionais esportivos, e seu uso é preferível a utilização de drogas sabidamente nocivas (esteróides anabólicos)”
Segundo Kreider e cols. (2003), que revisaram mais de 300 estudos sobre o tema,
afirmam que em 70% deles os efeitos foram positivos e promoveram melhora do
desempenho esportivo. Observaram aumentos de 5-15% na capacidade de potência
máxima, força e velocidade; 1-5% no trabalho realizado em contrações máximas; 5-
15% no desempenho de sprints repetitivos; e aumento de 1-2 kg de massa magra. Muito
embora as alterações possam parecer pequenas, os autores ressaltam que os indivíduos
estudados eram atletas, onde pequenas melhoras podem ser altamente significantes nos
resultados esportivos.
O protocolo de suplementação sugerido como mais adequado pela Sociedade
Internacional de Nutrição Esportiva, utiliza uma fase de saturação (0,3g/kg/dia, por 3 a5
dias, divididos em 4-5 doses, adicionados de carboidratos), e uma fase de manutenção
(3-5g/dia).
A utilização da suplementação de creatina com funções terapêuticas já foi pesquisada
por diversos autores em doenças como Artrite, Polimiosite, Parkinson, Alzheimer,
Hungtinton, Mc Ardle, Atrofia girata, Esclerose múltipla, Sarcopenia, Miastenia gravis,
Insuficiência cardíaca, Infarto do miocárdio, Acidente vascular encefálico, Doença
pulmonar obstrutiva crônica, imobilizações e pós-operatórios ortopédicos. Sua melhor
contribuição ocorre nas doenças em que atrofias musculares estão associadas, e nas
doenças onde a síntese de creatina ou a ressíntese de ATP estão prejudicadas.
Em resumo, a utilização da creatina monohidratada como suplemento é considerada,
segundo a literatura científica, segura e eficaz, podendo contribuir de forma
significativa no desempenho esportivo e também como adjuvante terapêutico no
tratamento de doenças.

Referências:
Kreiddr RB:

Effects of creatine supplementation on performance and training adaptations. Mol Cell Biochem. 2003 Feb;244(1-2):89-94.